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Oração da Santa Comunhão

Creio, Senhor e confesso, que em verdade Tu És Cristo, Filho de Deus vivo e que vieste ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. Creio ainda que este é o Teu Puríssimo Corpo e que este é o Teu próprio precioso Sangue. Suplico-Te, pois, tem misericórdia de mim e perdoa-me as minhas faltas voluntárias e involuntárias, que cometi por palavras ou ações, com conhecimento ou por ignorância, e concede-me sem condenação receber Teus puríssimos Mistérios para remissão dos pecados e para a vida eterna. Da Tua Ceia Mística, aceita-me hoje como participante, ó Filho de Deus; pois não revelarei o Teu Mistério aos Teus inimigos, nem Te darei o beijo como Judas, mas como o ladrão me confesso: lembra-Te de mim, Senhor, no Teu Reino, Que não seja para meu juízo ou condenação, a recepção de Teus Santos Mistérios, Senhor, mas para a cura do corpo e da alma. Amém!

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16/08/2020

A Assunção da Santíssima Virgem Maria


                 

 POR MAIS QUE REFLETÍSSEMOS, por mais que nos esforçássemos e exercitássemos a imaginação, jamais seríamos capazes de conceber uma glória maior do que a que recebeu a santíssima Virgem Maria, – que foi escolhida para ser a mãe de Jesus, isto é, ser mãe do Filho de Deus e, portanto, Mãe de Deus.
Entenda-se que Maria Mãe de Deus não é uma doutrina meramente humana, “inventada” pela Igreja muitos séculos após os eventos narrados nos Evangelhos, como imaginam alguns. Se cremos nas Sagradas Escrituras, precisamos aceitar que foi Deus mesmo Quem deu este título à Virgem de Nazaré, quando o Espírito Santo, pela boca de Isabel, a saudou chamando-a “mãe do meu Senhor” (Lc 1,39-45), – sendo que o título “Senhor”, aqui, inegavelmente quer dizer Deus, como em todo o contexto bíblico. – Quando chamamos Maria Mãe de Deus, é isto o que confessamos: do ventre virginal de Maria veio Deus, Nosso Senhor, ao mundo. Por isso é que Maria é Nossa Senhora e nossa Mãe do Céu. Também por isso quis Deus lhe conceder as maiores recompensas. Terminado o seu tempo de vida terrestre, Maria foi “assunta”, levada ao Céu, em corpo e alma.
Diz uma antiga e piedosa tradição (não a Sagrada Tradição) que Maria de fato não morreu, apenas “dormiu” e, então, foi levada aos Céus pelos arcanjos São Gabriel e São Miguel. Trata-se da chamada "dormição de Maria". Desse modo, teria Nosso Senhor conservado a integridade da carne daquela de quem quis tomar sua própria carne, para a salvação do mundo. Desse modo, a Virgem Maria teria sido assunta aos Céus imediatamente após o fim de sua vida terrena, sendo que seu corpo não teria sofrido corrupção como sucederá aos homens e mulheres que ressuscitarão até o fim dos tempos.
Esta tradição, porém, não é dogma da Igreja. Outras correntes de pensamento, também muito antigas e dignas de atenção, refletem que, se até mesmo o próprio Deus feito homem conheceu a morte, todo ser humano, sem nenhuma exceção, também haverá de experimentá-la (até mesmo aqueles que estiverem vivos por ocasião da Segunda Vinda do Cristo).
Fato é que ao definir o dogma sobre a Assunção da Virgem, o Papa Pio XII preferiu não se pronunciar sobre esta questão: passou a Mãe do Senhor pela morte e ressurreição antes de entrar na Bem-aventurança celeste? Foi elevada diretamente da vida mortal ao Triunfo eterno? Diante do silêncio prudente e intencional do Magistério da Igreja sobre o assunto, fica ao arbítrio de cada fiel crer ou não na ressurreição de Maria.
A Assunção de Nossa Senhora, todavia, foi sempre transmitida no correr dos séculos. Não se encontra explicitamente nas Sagradas Escrituras, mas poderíamos dizer que está implícita em seu contexto. O testemunho preservado dos primeiros cristãos dá conta de que, na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha aproximadamente 47 anos de idade. Permaneceu ela por mais 25 anos na Terra, a educar e formar a Igreja nascente, como outrora educara e protegera Deus Filho em sua infância. Conforme a opinião mais comum, terminou sua imensa missão neste mundo com a idade de 72 anos.
Diversos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram milagrosamente levados à Jerusalém na noite que precederia o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria1. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, atesta que os fiéis de Jerusalém, ao avisados do falecimento da Mãe querida (como a chamavam), vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens, e que se multiplicaram os milagres ao redor do seu corpo. Três dias depois chegou S. Tomé Apóstolo, que pediu para ver o corpo da Virgem. Ao retirar-se a pedra, não se achava mais o corpo. Pela Virtude do Filho, ressuscitara Maria. Alma e corpo imaculado vivem na Glória celeste.
Estas antigas tradições da Igreja sobre o Mistério da Assunção da Mãe de Deus podem ser encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, de 451.
A solenidade da Assunção de Maria, no início era chamada “Dormição” de Nossa Senhora, pelos motivos que expostos no início. A celebração foi oficializada aos católicos orientais no século VII, com um édito do imperador bizantino Maurício. Ainda no ano 687, a Festa foi introduzida também em Roma pelo Papa Sérgio I, quando foi em procissão à Basílica de Santa Maria Maior celebrar o Santo Ofício. Logo depois, o nome “dormição” cedeu ao de “assunção”, como permanece até os nossos dias.
A assunção é o evento culminante da existência de Maria. Para a Igreja, depois da definição do papa Pio XII, com a Constituição dogmática Munificentissimus Deus (1950), é dogma; verdade a ser aceita pela fé. E esse processo de convicção de fé se explica – e a definição dogmática pontifícia se justifica – não somente pela Tradição, mas também pelo fato de a Assunção de Maria encontrar sua raiz implícita e indireta também no testemunho da Sagrada Escritura tal como foi gradualmente lida e aclarada pelos Padres da Igreja, pelos teólogos e pelo senso da fé dos santos sob a ação iluminadora do Espírito Santo, Inspirador da Palavra de Deus por escrito e Fiador da autenticidade da fé da Igreja de Cristo.
Aspectos desta verdade mariana:
1. Cristológico: a Mãe é “assemelhada” ao Filho glorioso; seguiu-o na fase definitiva e gloriosa de sua existência.
2. Eclesiológico: a Igreja, que tem em Maria o seu início e a sua imagem perfeita, também nela, que sobe ao Céu, pode contemplar seu futuro e ter um sinal de consolação e de segura esperança da própria realização.
3. Mariológico: Maria alcançou a plenitude de sua salvação e a realização de sua existência como criatura humana amada por Deus de modo sublime.
4. Antropológico: o humano alcançou nela, por favor divino, a plenitude de sua realização integral; nela pode, pois, contemplar o futuro a ele prometido por Deus e nessa contemplação reavivar o desejo de alcançá-lo.
A festa da Assunção, enfim, nos convida a meditar sobre a glória inefável concedida à Santíssima Virgem, “Porta do Céu” e “Refúgio dos Pecadores”. Nesta meditação, como dissemos no início, quanto mais o homem procura aprofundar-se no conhecimento de Deus, mais compreende que não conseguirá abarcá-Lo, tais as grandezas e mistérios com que se depara.
Deus Criador, – Todo-Poderoso e Todo-Sapiente, – estabelece as regras, mas podemos ver que se apraz em criar magníficas exceções, que muito nos inspiram. Uma criatura não poderia ter sido feita em grau mais excelente, ensina a Teologia: Maria, sendo humana, não poderia ser mais perfeita. Ela é o próprio Tabernáculo de Deus da nova e eterna Aliança, que por meio dela se doa aos Bem-aventurados. Maria é a Mãe da Vida!

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