As associações religiosas unidas na Campanha pelo desinvestimento financeiro em combustíveis fósseis, anunciam que mais 47 instituições, cristãs, mas também judaicas, se uniram às 400 já comprometidas em não mais investir em empresas que comercializam ou utilizam energia de carvão, petróleo e seus derivados. Por uma nova economia sustentável, no caminho da "Economia de Francisco"
Alessandro Di Bussolo – Vatican News
Outras 47 instituições religiosas, católicas, protestantes e judaicas de 21 países uniram-se à Campanha pelo desinvestimento financeiro em combustíveis fósseis. Entre outras a COMECE, Comissão dos Bispos Europeus, a Cáritas Ásia e a Associação dos sacerdotes católicos dos Estados Unidos. Trata-se do maior anúncio conjunto de desinvestimento entre os líderes religiosos desde o início da campanha em 2016. Para os católicos é conduzida pelo Movimento Católico Mundial para o Clima (GCCM) que já reuniu mais de 400 entidades de inspiração religiosa.
Orientações da Santa Sé: evitar empresas não ecológicas
É o primeiro anúncio depois da publicação das diretrizes apresentadas pela Santa Sé no documento interdicasterial “O caminho para o cuidado da casa comum”. A publicação convida os católicos a evitar investimentos em empresas que “danificam a ecologia humana ou social (por exemplo através do aborto ou o comércio de armas), ou ecologia ambiental (exemplo o uso dos combustíveis fósseis)”. Para fazer um balanço das adesões ao desinvestimento entrevistamos Daniela Finamore, coordenadora da campanha do Movimento Católico Mundial para o Clima (GCCM).
Daniela Finamore: Por ocasião do quinto aniversário do Acordo de Paris, podemos anunciar o maior desinvestimento conjunto em combustíveis fósseis inter-religioso, mas também no mundo católico. Temos outras 47 instituições que se comprometeram em desinvestir, destas 42 são católicas. Este é o anúncio mais amplo desde que o Movimento Climático Católico Mundial (GCCM) iniciou a campanha em 2016, e por isso é um forte sinal de mudança e esperança para a transição energética.
No comunicado, vocês citam as palavras do subsecretário da ONU, Inger Andersen da Dinamarca, que afirma que as fés têm grande poder econômico. É um comentário interessante...
Daniela Finamore: É colocada a luz sobre a fé como um motor de mudança, mas também como um farol de esperança e se refere a um ponto central em nossa campanha de desinvestimento que é viver a fé em sua integridade, não apenas na nossa dimensão espiritual, mas também na dimensão da vida individual e coletiva. Neste caso, o trabalho de campanha para o desinvestimento é feito pelas instituições religiosas justamente para questionar as transações econômicas, os investimentos das instituições e o conceito de colocar dinheiro onde estão seus valores. Assim, para não alimentar um sistema econômico que cria danos à Criação e aos mais vulneráveis do planeta.
Desinvestimento em combustíveis fósseis
Alessandro Di Bussolo – Vatican News
Outras 47 instituições religiosas, católicas, protestantes e judaicas de 21 países uniram-se à Campanha pelo desinvestimento financeiro em combustíveis fósseis. Entre outras a COMECE, Comissão dos Bispos Europeus, a Cáritas Ásia e a Associação dos sacerdotes católicos dos Estados Unidos. Trata-se do maior anúncio conjunto de desinvestimento entre os líderes religiosos desde o início da campanha em 2016. Para os católicos é conduzida pelo Movimento Católico Mundial para o Clima (GCCM) que já reuniu mais de 400 entidades de inspiração religiosa.
Orientações da Santa Sé: evitar empresas não ecológicas
É o primeiro anúncio depois da publicação das diretrizes apresentadas pela Santa Sé no documento interdicasterial “O caminho para o cuidado da casa comum”. A publicação convida os católicos a evitar investimentos em empresas que “danificam a ecologia humana ou social (por exemplo através do aborto ou o comércio de armas), ou ecologia ambiental (exemplo o uso dos combustíveis fósseis)”. Para fazer um balanço das adesões ao desinvestimento entrevistamos Daniela Finamore, coordenadora da campanha do Movimento Católico Mundial para o Clima (GCCM).
Daniela Finamore: Por ocasião do quinto aniversário do Acordo de Paris, podemos anunciar o maior desinvestimento conjunto em combustíveis fósseis inter-religioso, mas também no mundo católico. Temos outras 47 instituições que se comprometeram em desinvestir, destas 42 são católicas. Este é o anúncio mais amplo desde que o Movimento Climático Católico Mundial (GCCM) iniciou a campanha em 2016, e por isso é um forte sinal de mudança e esperança para a transição energética.
No comunicado, vocês citam as palavras do subsecretário da ONU, Inger Andersen da Dinamarca, que afirma que as fés têm grande poder econômico. É um comentário interessante...
Daniela Finamore: É colocada a luz sobre a fé como um motor de mudança, mas também como um farol de esperança e se refere a um ponto central em nossa campanha de desinvestimento que é viver a fé em sua integridade, não apenas na nossa dimensão espiritual, mas também na dimensão da vida individual e coletiva. Neste caso, o trabalho de campanha para o desinvestimento é feito pelas instituições religiosas justamente para questionar as transações econômicas, os investimentos das instituições e o conceito de colocar dinheiro onde estão seus valores. Assim, para não alimentar um sistema econômico que cria danos à Criação e aos mais vulneráveis do planeta.
Desinvestimento em combustíveis fósseis
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