Hong Kong (AsiaNews) - De acordo com uma pesquisa recente do Fórum Econômico Mundial (WEF), 74% das pessoas entrevistadas estariam dispostas a se vacinar contra a Covid-19. Para Arnaud Bernaert, chefe da seção de saúde do WEF, o percentual é muito baixo e corre o risco de comprometer a eficácia da vacinação.
Até o momento, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o coronavírus já infectou mais de 27 milhões de pessoas, causando cerca de 900 mil mortes. Existem 200 vacinas em estudo; cerca de trinta já foram testados em pacientes humanos.
Covid-19: O ceticismo global corre o risco de comprometer a eficá
m meio ao ceticismo da comunidade científica internacional, alguns países como China e Rússia planejam começar a administrar a droga até o final do ano.
A pesquisa demoscópica foi realizada em uma amostra de 20 mil indivíduos em 27 países. Os níveis de aceitação da cura variam de 97% na China a 54% na Rússia. Nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia até agora, o número chega a 67%.
Os entrevistados na Austrália, Índia, Malásia, Coréia do Sul, Arábia Saudita e Japão mostraram uma grande disposição para se vacinar, entre 88 e 75%. Na Europa, o maior percentual foi registrado na Grã-Bretanha (85%); na Alemanha é de 67%, seguida pela Itália (66%) e França (59%). Na América do Sul, os brasileiros são os que mais desejam se vacinar, com 88%.
Quem declara não querer ser vacinado teme os efeitos colaterais do tratamento ou expressa dúvidas sobre sua eficácia.
Para 59% dos pesquisados, a vacina não estará pronta antes do final do ano. Nessa frente, os mais otimistas são os chineses: 87% estão convencidos de que a cura virá em três meses.
A distribuição de medicamentos representa um grande desafio logístico. Segundo a International Air Transport Association (IATA), serão necessários o equivalente a 8.000 Boeing 747 para transportar as doses necessárias ao redor do mundo: será a "missão do século" para as companhias aéreas.
Fonte: http://www.asianews.it
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