Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de estado do Vaticano
As críticas se relacionam essencialmente ao roubo de documentos reservados no Vaticano, mais conhecido pela imprensa como os "vatileaks", fato que levou à prisão do mordomo do Papa, Paolo Gabriele.
Depois do fato, um setor da imprensa se dedicou a atacar o Cardeal Bertone tentando mostrar uma imagem "que não corresponde à realidade", como afirmou no dia 30 de maio o próprio Papa Bento XVI.
A carta do Papa ao Cardeal Bertone divulgada hoje pelo Escritório de Imprensa da Santa Sé, tem data de 2 de julho. Nela, Bento XVI agradece ao Cardeal por seus conselhos durante este período.
"Na véspera antes de partir para as férias de verão a Castel Gandolfo –escreve o Papa–, desejo expressar-lhe meu profundo reconhecimento por sua discreta proximidade e seu iluminado conselho, em que encontrei particular ajuda nestes últimos meses".
"Tomo nota com pesar das injustas críticas levantadas sobre sua pessoa, e quero renovar-lhe e assegurar-lhe minha confiança pessoal, que já tive ocasião de manifestar com a Carta de 15 de janeiro de 2010, cujo conteúdo, permanece para mim imutável".
A carta de dois anos atrás à que se refere o Santo Padre, respondia à renúncia do Cardeal Bertone apresentada, como de costume, ao cumprir 75 anos, o limite de idade para qualquer função no episcopado segundo o Código de Direito Canônico. Nela, o Pontífice confirmava o Cardeal no cargo e propunha que o purpurado continuasse nele.
A carta divulgada neste 4 de julho conclui assinalando que "confiando seu ministério à materna intercessão da Beata Virgem Maria, Auxílio dos cristãos, e dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, tenho o agrado de enviar-lhe juntamente a esta uma fraternal saudação e a Bênção Apostólica como objeto de todo o bem que lhe desejo".
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