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Creio, Senhor e confesso, que em verdade Tu És Cristo, Filho de Deus vivo e que vieste ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. Creio ainda que este é o Teu Puríssimo Corpo e que este é o Teu próprio precioso Sangue. Suplico-Te, pois, tem misericórdia de mim e perdoa-me as minhas faltas voluntárias e involuntárias, que cometi por palavras ou ações, com conhecimento ou por ignorância, e concede-me sem condenação receber Teus puríssimos Mistérios para remissão dos pecados e para a vida eterna. Da Tua Ceia Mística, aceita-me hoje como participante, ó Filho de Deus; pois não revelarei o Teu Mistério aos Teus inimigos, nem Te darei o beijo como Judas, mas como o ladrão me confesso: lembra-Te de mim, Senhor, no Teu Reino, Que não seja para meu juízo ou condenação, a recepção de Teus Santos Mistérios, Senhor, mas para a cura do corpo e da alma. Amém!

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24/09/2016

A 'teologia' da prosperidade é doutrina cristã? É ensinada na Bíblia Sagrada?


LEILÕES DA FÉ”: assim ficaram popularmente conhecidos os cultos, tidos como "religiosos", em que se propõe a barganha com Deus, na propagação de ensinamentos do tipo "quem der mais será mais abençoado": eis a base da pregação dos que promovem a malfadada “'teologia' da prosperidade”, uma proposta de se servir a Deus não por amor ou devoção, mas com a intenção de ser recompensado.
Segundo essa linha de pensamento –, que por incrível que pareça é defendida por indivíduos que se autoproclamam “cristãos” –, se você frequentar tal “igreja” e ouvir o que diz o “pastor”, especialmente pagando o dízimo e fazendo generosas ofertas, será ricamente abençoado. Além disso, se tiver problemas conjugais, serão sanados. Se tiver algum desejo material, como um carro importado, uma grande viagem, aquela reforma da casa ou montar uma empresa, ele será realizado. Deus espera que você demonstre a sua fidelidade através de polpudas doações financeiras; em troca, todos os seus desejos e vaidades serão satisfeitos, e você viverá com saúde uma longa e próspera existência nesta Terra...

Mas como essa história começou? Especialistas apontam que a "'teologia' da prosperidade" surgiu nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 60. De acordo com o Dr. Leonildo Silveira Campos, sociólogo e professor da Universidade Metodista de São Paulo, trata-se de um conjunto de crenças “que afirma ser legítimo ao crente buscar resultados, ter fortuna favorável e enriquecer, obtendo o favorecimento divino para a sua vida material”[1]. Já o teólogo Paul Freston observa que “o princípio básico da 'teologia da prosperidade' é a doação financeira, entendida não como um ato de gratidão ou devolução a Deus pelos frutos da terra e do trabalho, mas como um investimento. Devemos dar a Deus para que ele nos devolva com lucro, em dobro”[2].
Observando de perto as propostas da "'teologia' da prosperidade", encontramos sérios motivos para preocupação. As promessas de felicidade terrena encontram solo fértil nos países em que existe um grande nível de exclusão social, o que possibilita a manipulação de mentes e corações simples em nome da fé. Além disso, sob essa perspectiva, a religião assume a lógica do consumo e do mercado, para a qual a dignidade do ser humano depende daquilo que ele tem, e não daquilo que ele é. Isso leva à ideia –, profundamente equivocada e perigosa –, de que ter mais dinheiro (ou mais saúde, beleza, ser mais feliz nos relacionamentos, etc.) significa ser mais amado por Deus, o que por sua vez é claramente antibíblico e contrário à proposta e ao exemplo de vida de Jesus Cristo.
É fácil notar que a "'teologia' da prosperidade" busca transformar a sublime mensagem dos Evangelhos em apenas mais um item da malfadada cultura do consumo exacerbado, levando a uma fé individualista e egoísta, para a qual o mais importante é a satisfação pessoal, com o bem da coletividade relegado a segundo plano. A lógica da Teologia da Prosperidade se fundamenta nas promessas de sucesso material e financeiro para quem é fiel a Deus: ensina que o nível de sucesso depende do valor da contribuição financeira. Esse discurso apresenta, claramente, uma proposta de troca entre o fiel e Deus. E como Deus não vem pessoalmente receber as doações, elas devem ser entregues àqueles que se colocam como representantes do Divino...

Famoso 'bispo evangélico' prostrado diante das pilhas de dinheiro ofertadas durante um 'mega culto': idolatria ao deus Mamon?
Aí estão os tristes fatos de uma realidade que vem crescendo a cada dia em nossa cidade e em nosso país. Nos bairros mais pobres de São Paulo, a cada quarteirão encontramos diversos pequenos salões ou garagens alugadas e transformadas em “igrejas”, sob as mais variadas (e criativas) denominações. Mas, ora, se a intenção desses supostos líderes espirituais é “salvar almas para Cristo” (como gostam de afirmar), e se eles acreditam mesmo no protestantismo, porque então abrem novas “igrejas” ao lado de outras já existentes? Não seria mais simples e lógico incentivar a população a frequentar as comunidades já existentes? Óbvio que o objetivo destes verdadeiros empresários da fé não é espiritual, ao contrário. Cabe aos verdadeiros cristãos a tarefa de substituir a "'teologia' da prosperidade" pela Teologia do Amor e da Gratuidade, aquela ensinada por Nosso Senhor nos Evangelhos.
Vale a pena refletir sobre um fato ocorrido na vida de Santa Teresa de Calcutá. Conta-se que certa vez um homem, ao vê-la cuidando das feridas purulentas de uma criança gravemente enferma, comentou que não teria coragem de fazer aquilo, nem que fosse para ganhar um milhão de dólares. Diante disso, a resposta de Madre Teresa foi a seguinte: “Por um milhão de dólares eu também não faria. Faço por amor!”.
Só pela gratuidade do amor vale a pena buscar a Deus. Só por amor faz sentido entregar a vida a Deus e assumir a vida cristã, com todas as suas alegrias e também com os seus desafios e obstáculos, como diz o Senhor: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a cada dia sua própria cruz e me siga” (Lc 9,23). Nunca, jamais Jesus disse que os seus seguidores abraçariam uma vida de prosperidade e alegrias, livre de todos os problemas deste mundo. Nada, feito sem amor, tem valor para Deus: o sentimento que havia em Cristo era o de intima compaixão para com os necessitados – jamais o de barganha, ou seja, ofertar para receber riquezas como pagamento. E se os defensores da "'teologia' da prosperidade" alegam se basear nas Escrituras Sagradas, a melhor maneira de concluir esta reflexão é com algumas afirmações diretas da Bíblia:
“No mundo, tereis aflições. (...) Guardai-vos escrupulosamente de toda avareza e cobiça, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas.”
Jesus Cristo (Lc 12, 15 e Jo 16, 33)
“Aprendi a contentar-me com o que tenho.” – “Se alguém ensina outras doutrinas e discorda da Sã Doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo, é orgulhoso e nada entende. Esse tal demonstra um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas e atritos constantes, entre os quetêm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade pode ser uma fonte de lucro.”
S. Paulo Apóstolo (Filipenses 4, 11; 1 Timóteo 6, 3-5)
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. (...) Se quiseres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos Céus. Depois, vem e me segue’. E o jovem, ouvindo estas palavras, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.”
Jesus Cristo (Matheus 6, 24 / 19, 21-22)
Quem tem olhos para ver, que veja a verdade... Não desanimemos. Nosso Deus tudo sabe e tudo vê, e um dia todos lhe prestarão contas. Os erros existem, mas o certo existe também. Continuemos estudando a Palavra de Deus escrita e os documentos da Igreja, suplicando a Deus e ouvindo atentamente a voz de nossa consciência. Tornemo-nos profundos conhecedores do Catecismo da Igreja Católica. Busquemos, sempre e antes de tudo, a Verdade, Jesus Cristo
1. CAMPOS, Leonildo Silveira. Teatro, templo e mercado, organização e marketing de um empreendimento neopentecostal. São Paulo: Vozes, 1997.
2. FRESTON, Paul. Evangelicals and Politics in Asia, Africa and Latin America. New York: Cambridge U. Press, 2001. ofielcatolico.blogspot.com

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